13 outubro 2019

Guiné-Bissau: Domingos Simões Pereira e a campanha eleitoral 2018

Bom, na minha opinião o DSP é atualmente um dos grandes atores políticos em ativo na Guiné e talvez o mais preparado para liderar um governo que poderá promover mudanças significativas para o bem do país. Mas infelizmente o seu partido está muito longe disso, quase tenho certeza de que se ganhar eleições, irão surgir graves problemas para o país de novo e todos nós sabemos onde vão nascer esses problemas: dentro do próprio PAIGC, como foi na ultima legislatura. Sobre o seu discurso durante comício, de fato o cara foi infeliz na sua fala, se ele está a caminho de ser chefe de governo de um país multiétnico, como o nosso, não é adequado se identificar num momento desse com uma determinada etnia.

O Fercol já fez uma observação interessante sobre esse ponto. Se ele está dizendo que se for eleito são os balantas que também estarão no poder porque ele é sobrinho de balantas e as outras etnias que ele não é sobrinho, tio, filho, nem nada de parentesco...? E se ele ou um balanta ou sobrinho de balanta não for eleito?

Texto escrito em 28.02.2019 e publicado em 01.03.2019.

By: Avivaz

01 março 2019

CAMPENATU DI VAMPIRUS


Mas um bias kampeonatu di vampirus na rola na guiné, djugu kumsa ranka. Disidju di kada vampiru i pa sedu dutur ministru. Sibi ke ku bu na bai fassi na ministeriu i ka perkupason, basta bu numiadu.
Abo ku nunka sedu dutur mistru diskansa, pabia nes tchon di vampirus bu kana safa. Li son kilis ku tchiga di numiadu ou kilis ku luta tchiu pa gubernu cai, esis sin. 


Texto escrito em 31.01.2018 e publicado neste blog em 01.03,2019.

By: Avivaz

A ESCUTA

O diálogo, a conversa, o bate-papo, a comunicação seja qual for o nome que é dado tem como prerrequisito a escuta, o ouvir. Essa capacidade é drasticamente escassa em muitos de nós guiguis, para não dizer todos nós. Não quero com isso afirmar que é um problema exclusivamente nosso, mas o seu nível em nós bissau-guineenses é de tamanha gigantesca e tem raízes bem profundas. E o pior disso tudo (pelo que me parece) é que não damos conta desse mal, nunca damos conta para poder talvez colocá-lo em xeque.

Quase em todos diálogos/conversas de que participei/participo percebo que a única preocupação de cada "interlocutor" é falar e ser ouvido e nada mais. Que cultura ou costume (in) digna! Sei que haverá muitos que irão discordar comigo, que estejam a vontade para tal. Os/as compatriotas menos desatentos provavelmente observam tal comportamento cotidianamente.

Quem nunca assistiu ou participou de um bate-papo de dois, três, quatro guiguis em que TODOS falam ao mesmo tempo e sistematicamente puxam braços uns aos outros com o intuito de chamar atenção para serem escutados (aqui eu disse TODOS porque é mais frequente no seio dos "homis"). E as nossas reuniões fortemente marcadas com colocações ou críticas agressivas, alguém nunca participou/assistiu? Se você nunca passou por isso, sorte sua.

Alguém pode até achar isso uma virtude, uma boa qualidade que temos ou uma prática cultural que nos diferencia dos outros. Mas a meu ver a falta de escutar o Outro, o seu interlocutor, é um problema que nos impede superar nossos conflitos do dia-a-dia, assim como saber resolver os desafios do país há mais de 40 anos. Um típico exemplo disso é o último impasse entre o PR JOMAV, DSP e a direção do seu próprio partido. Foi preciso evocar Senegal, Guiné Conacry, CEDEAO, CPLP, UE etc, etc, etc.
Outra capacidade também raro entre nós é a de saber pedir desculpas/falar para o Outro "cara você tinha razão", mas este pode ser assunto da próxima provocação.

Precisamos aprender mais sobre o diálogo/bate-papo, ele vai muito além de falar muito ou falar alto. E o primeiro passo é admitirmos que temos tal problema e desaprender para aprender de outra forma.
Ampus...foram umas das minhas palavras de uma conversa que tive com um colega no intervalo de aulas de ontem CEJAL.

Texto escrito em 02.08.2018 e publicado neste blog em 01.03.2019.

By: Avivaz


PA SEDU MINISTRU NA GUINÉ

Alguns dias antis di atual gubernu di Guiné-Bissau formadu n' skribi es textu: "Mas um bias kampeonatu di vampirus na rola na guiné, djugu kumsa ranka. Disidju di kada vampiru i pa sedu sua excelência senhor dutur ministru.

Sibi keki é na bai fassi na ministeriu i ka fasi sentidu es hora, kufadin um perkupason, basta é numiadu. Abo ku nunka sedu sua excelência senhor dutur mistru diskansa, pabia nes tchon di vampirus bu kana safa. Pa sedu senhor ministru li i so pa kilis ku tchiga di numiadu ou kilis ku luta tchiu pa gubernu kai, esis sin é meresi". 


Certamenti es i realidadi di no djugu polítiku. Nin i ka pirsis bai lundju, i so bu fasi um bokadu di piskisa, bu na odja kuma ku no cenáriu polítiku i um autêntiku djugu di dança-de-cadeiras, sempri djugadu pa memu djugaduris, ilis kuta sta na lugaris di dicidi rumu di no país. 


So pa cita alguns ku numiadu dja ministru/Secretáriu de Estadu i é na continua numiadu: Carlos Correia, Satu Camara, Marciano S. Barbeiro, Aristides Gomes, Botche Cande, Soares Sambu, Fernando Vaz, Delfin da Silva, Agnaldo Regala... i anos keku no dibidi fasi, kontinua asisti es djugu ipinotizadamenti?


Texto escrito em 07.08.2018, e publicado neste blog em 01 de março de 2019.



By: Avivaz

Guiné-Bissau: Domingos Simões Pereira e a campanha eleitoral 2018

Bom, na minha opinião o DSP é atualmente um dos grandes atores políticos em ativo na Guiné e talvez o mais preparado para liderar um govern...